Preservar a safena

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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A Restauração vascular, utilizando as veias do próprio doente para fazer as chamadas Ponte de safena, cujos primeiros ensaios datam do início do século, tem, atualmente, grande êxito. Ela está preservando órgãos, recuperando membros e até salvando vidas. Para atingir a esse estado, em que a segurança é grande, uma longa rota foi percorrida em busca do substituto ideal da Artéria. Passou-se pela tentativa inicial da veia, pela utilização de artérias de cadáveres conservados em Álcool; pelos tubos sintéticos como os de Teflon e os de drácon e, agora, volta-se à Veia do próprio Paciente. A safena, localizada superficialmente nos membros inferiores, de boa Resistência e longa, é a Veia utilizada. Cada uma daquelas etapas conseguiu considerável conquista na evolução do problema. Indicações mais próprias, técnicas mais requintadas foram atingidas. Outros progressos da medicina, propiciando melhores condições de execução da revascularização e maior proteção ao doente, foram observados paralelamente. O Cérebro quando em Deficiência da irrigação pode receber a quantidade de Sangue que necessita pela desobstrução da Artéria carótida, com aplicação de um remendo. O Coração pode ter sua Circulação própria, corrigida pela Ponte aorto-coronariana para levar o Sangue ao Miocárdio em sofrimento. Uma Estenose da Artéria coronária ou de seus ramos ou até uma Trombose pode ser superada. O mesmo ocorre com a Cirurgia Vascular que, para compensar estenoses e obstruções de artérias como femorais, mesentéricas, renais e outras, faz derivações contornando a Lesão que, geralmente, é arteriosclerótica. Essas Indicações são promissoras e recuperam integralmente a Circulação do Órgão. Esse Fato evidencia o êxito da Cirurgia restauradora. O que foi dito faz o cirurgião pensar seriamente em quando indicar a Safenectomia no Tratamento das varizes, pois, estará retirando o melhor substituto arterial que a natureza provém a cada Indivíduo. Não vale dizer que o Fato do Paciente ter Varizes não torna sua Veia inaproveitável como Ponte. Temos estudado os predicados da Veia safena sadia e nas varicosas e pudemos comprovar que a referida Doença não a prejudica para tal uso. Aliás, não se pode achar que a Pressão venosa aumentada a que ela ficou submetida no Portador de Varizes altere a Resistência da veia, uma vez que, como substituto arterial, ela é interposta no Sistema arterial e fica submetida permanentemente a um regime de Pressão maior e, ainda mais, pulsátil. Cabe então, diante dessas ponderações, um alerta aos facultativos: não prive o seu Paciente da melhor Arma de que dispõe para vencer a luta da Restauração vascular. Não extraia a safena, quando tratar Varizes. Ver: Veia safena.