Trombose

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
Ir para navegação Ir para pesquisar

Formação de Trombo dentro dos vasos (artéria, Veia ou vaso linfático), em decorrência de Traumatismo. É um mecanismo natural para estancar o sangramento.
Presença de Trombo.
Coagulação do Sangue dentro do vaso.
___ arterial, origina-se, geralmente, em um Ateroma que se ulcera. Sua instalação interrompe total ou parcialmente o fluxo do sangue, determinando, assim, maior ou menor sofrimento do Tecido nutrido pela Artéria atingida. O sofrimento é, freqüentemente, proporcional à velocidade da instalação da Obstrução. A Trombose que ocorre no decorrer da evolução de um Processo Crônico conta com a proteção da Circulação colateral neoformada. Esta instalou-se pelo constante estímulo da Isquemia. Assim, quanto mais antigo for o Processo isquêmico, tanto maior será a Circulação colateral. A manifestação clínica vai depender do Órgão afetado, da extensão e do do território nutrido pela Artéria tomada. Em uma Artéria carótida, a qual vinha lentamente se estreitando e subitamente trombosa, pode ter como correspondência clínica a História do Paciente absolutamente assintomático que, de repente, ficou inconsciente e hemiplégico. O mesmo fato, ocorrendo numa Artéria coronária, Causa a Angina do peito, quando existe Estenose da coronária e Enfarte do miocárdio, e naquele nível se instala a Trombose. As lesões obstrutivas das artérias que irrigam os intestinos, causam Isquemia crônica intestinal, produzindo dores abdominais após as refeições – Angina abdominal. Nos casos de trombose, a Isquemia aguda pode levar a maiores ou menores lesões necróticas de segmentos intestinais. O Tipo de irrigação intestinal apresenta tal número de alças anatômicas que a Obstrução precisa ser grande, atingindo vários troncos, para que não seja compensada pelas artérias vizinhas. As lesões das artérias renais, causando Isquemia crônica, levam, por mecanismo hormonal, à Secreção de Renina causando assim a Hipertensão arterial. As artérias que irrigam os membros podem padecer do mesmo Processo e a Fadiga precoce, no exercício físico, é a manifestação mais comum na maioria das vezes, acompanhada por esfriamento e Palidez das extremidades. As artérias dos membros inferiores quando estenosadas determinam intensa dor ao andar, que obriga o Paciente a interromper sua Marcha. É chamada Claudicação intermitente, que é patognomônica da Obstrução arterial, geralmente causada pela Arteriosclerose obliterante periférica. Sobre a Estenose pode-se instalar uma Trombose desencadeando um quadro Agudo que, às vezes, pode ser a primeira manifestação da Doença. Este quadro Agudo pode ser caracterizado pela dor em Repouso que, dependendo do nível de obstrução, da sua extensão e da Circulação colateral preexistente decorrente do Processo Crônico anterior, vai evoluir para a Gangrena ou retornar à situação Anterior de Claudicação Intermitente. Nestes casos, a autonomia da caminhada costuma ser menor que a Anterior à intercorrência aguda. O nível da Obstrução definirá a Sintomatologia do Paciente. Assim, uma Trombose de Bifurcação da Artéria Aorta vai levar a um quadro alarmante de intensa dor, em ambos os membros inferiores, acompanhada de empalidecimento e esfriamento, bem como Ausência de todos os pulsos de ambos os membros inferiores. A Trombose de uma das artérias ilíacas vai mostrar o mesmo quadro, porém, unilateralmente, e acontece algo semelhante quando a Trombose ocorre na Artéria femoral, na Artéria poplítea ou em seus ramos. A Sintomatologia é sempre Distal ao local da Obstrução. A Trombose inicia-se sempre em um Ateroma ulcerado e progride muitas vezes, proximalmente, até a primeira emergência de Ramo de calibre maior. A Trombose das ilíacas ou femorais progride até a emergência da hipogástrica. Na femoral, ela se instala, o mais freqüentemente, ao nível do Canal dos adutores (canal de Hunter) onde costumam aparecer ateromas.
(ref. CID10) Infarto cerebral devido a Trombose de artérias cerebrais, (I63.3)
Infarto cerebral devido a Trombose de artérias pré-cerebrais, (I63.0)
Infarto cerebral devido a Trombose venosa cerebral não-piogênica, (I63.6)
Trombose (antiga) apical, (I51.3)
Trombose (antiga) atrial, (I51.3)
Trombose (antiga) auricular, (I51.3)
Trombose (antiga) ventricular, (I51.3)
Trombose arterial da medula espinhal, (G95.1)
Trombose coronária que não resulta em Infarto do miocárdio, (I24.0)
Trombose da Artéria renal, (N28.0)
Trombose da Veia porta, (I81)
Trombose de veias profundas sem outra especificação, (I80.2)
Trombose do Seio cerebrovenoso na gravidez, (O22.5)
Trombose do Seio cerebrovenoso no puerpério, (O87.3)
Trombose dos corpos cavernosos e do pênis, (N48.8)
Trombose dos Órgãos genitais masculinos, (N50.1)
Trombose dos vasos umbilicais, (O69.5)
Trombose e Embolia arteriais, (I74)
Trombose e Embolia da Aorta abdominal, (I74.0)
Trombose e Embolia da Artéria ilíaca, (I74.5)
Trombose e Embolia de Artéria não especificada, (I74.9)
Trombose e Embolia de artérias dos membros inferiores, (I74.3)
Trombose e Embolia de artérias dos membros não especificadas, (I74.4)
Trombose e Embolia de artérias dos membros superiores, (I74.2)
Trombose e Embolia de outras artérias, (I74.8)
Trombose e Embolia de outras porções da Aorta e das não especificadas, (I74.1)
Trombose e Embolia de outras veias especificadas, (I82.8)
Trombose e Embolia de Veia cava, (I82.2)
Trombose e Embolia de Veia renal, (I82.3)
Trombose e Embolia venosas de Veia não especificada, (I82.9)
Trombose hemorroidária, não especificada como de Hemorróidas internas ou externas, (I84.7)
Trombose intracardíaca, (I51.3)
Trombose mesentérica arterial, (K55.0)
Trombose mesentérica venosa, (K55.0)
Trombose não-piogênica de Seio venoso intracraniano, (I67.6)
Trombose não-piogênica de Veia cerebral, (I67.6)
Trombose não-piogênica do Sistema venoso intracraniano, (I67.6)
Trombose ou Embolia de membros inferiores sem outra especificação, (I80.3)
Trombose puerperal sem outra especificação, (O87.9)
Trombose sem outra especificação gestacional, (O22.9)
Trombose séptica de seios venosos e veias intracranianos ou intra-raquidianos, (G08)
___ venosa sem outra especificação, (I82.9) Pode ocorrer em Veia do Sistema Superficial ou do profundo. O primeiro Caso é denominado Flebite Superficial. Fica reservada para a ocorrência nas veias profundas a denominação Trombose profunda.
___ venosa profunda, a manifestação clínica resultante do que ocorreu na Trombose venosa aguda vai depender essencialmente de dois fatores a saber: 1. Grau de Obstrução da luz da Veia e sua extensão e 2. Número de válvulas danificadas pelo Processo. O grau de Obstrução varia com a recanalização menor ou maior. Esta passa a ser significativa clinicamente a partir de meio a um ano de evolução, para os casos de pequena extensão. O número de válvulas atingidas vai tornar diretamente maior a Estenose venosa no Sistema profundo, levando a conseqüente Insuficiência valvular, no Sistema comunicante perfurante, o que vai refletir na sobrecarga das veias superficiais e, assim, desencadear o aparecimento das Varizes secundárias. A Propedêutica especializada fornece todos os dados para a conduta correta: entretanto, a Flebografia e a Ultra-sonografia podem comprovar e aprimorar os dados obtidos pelo exame clínico. A Flebografia dinâmica permite a visualização das condições do Sistema venoso profundo, indicando o grau de recanalização e as condições das válvulas remanescentes. Além desses dados, podem ser localizadas as perfurantes comunicantes insuficientes.
Trombose venosa cerebral na gravidez, (O22.5)
Trombose venosa cerebral no puerpério, (O87.3)
Trombose venosa profunda anteparto, (O22.3)
Trombose venosa profunda pós-parto, (O87.1). Ver: Trombo, Embolia, Êmbolo