Fadiga

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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___ precoce, Sin. Claudicação Intermitente.
As dores nas pernas costumam afligir as pessoas não apenas pelo incomodo que elas causam, mas também pelo Fato de elas se correlacionarem com problemas circulatórios. Um parente ou amigo que no passado teve Gangrena ou amputou a Perna vem à lembrança na hora da dor e aparece o pavor que o leva ao consultório para saber como prevenir tal evolução. Evidentemente, apenas em alguns casos tal dúvida se justifica e o conhecimento do problema permite ao leitor a não se afligir além do necessário e cuidar-se adequadamente. O Caso em apreço é conhecido pelos Médicos como Claudicação Intermitente. Claudicar é parar pela dor, interromper a Marcha pela dor. É a interrupção do movimento, devido à dor desencadeada pelo esforço. Trata-se de quadro clínico Patognomônico de Obstrução de Artéria causando isquemia, ou seja, Insuficiência de Sangue arterial solicitado pela musculatura em atividade. A dor aparece, geralmente, numa primeira fase, durante a solicitação do Membro; é dor de esforço. O Indivíduo fazendo exercícios fora de seus hábitos sente intensa dor na massa muscular que o obriga a parar. Ele fica sem condições de continuar o esforço que estava fazendo. Porém, uma pequena interrupção de um ou dois minutos tem sensação de bem-estar e consegue continuar a atividade interrompida. Assim o Fato vai se repetindo. A dor se manifesta de tal maneira que o doente pode localizá-la precisamente na massa muscular. Com o passar do tempo a Doença progride e a intensidade aumenta, levando o Paciente a, além de parar, também massagear o local até seu desaparecimento. Nos casos mais avançados, mesmo depois da massagem, persiste dor residual mais prolongada. A dor nos membros inferiores pode ser localizada em três níveis e ser chamada superior, média e Inferior. É alta quando ocorre na Cintura pélvica, nas regiões glúteas ou na Raiz das coxas; média quando atinge a panturrilha, ou seja, a Barriga da perna; Inferior quando se localiza no pé. A localização da dor está diretamente correlacionada com o local da Obstrução arterial e vai variando com as condições do terreno e sua indicação, pois, ao subir, o esforço é maior e a dor aparece antes ocorrendo o contrário na descida. A evolução do quadro pode ser estimada com o encurtamento da autonomia da marcha, o doente refere que a dor inicialmente parava após Andar trezentos metros, e que, com o passar do tempo, essa distância vem progressivamente diminuindo. Em Estado avançado a dor chega a aparecer após caminhar 20 ou 30 metros. Outro elemento que caracteriza a intensidade da Doença é o Fato da dor cessar apenas com pequeno repouso, pela interrupção da Marcha. Se a Isquemia é mais acentuada, a dor ao Andar obriga o doente a parar mais tempo e levar instintivamente, em atitude de defesa, a colocar as mãos sobre o local doloroso, fazendo massagens ou fricção. Muito freqüentemente tais doentes relatam, em estágios mais avançados ainda, que depois do Repouso e da massagem, ao reiniciarem a marcha, sentem dor residual. Há pacientes acostumados com a dor, convivem com ela e vão aos poucos se limitando. Eles só se consideram doentes quando a dor os impede de exercer sua atividade profissional. Há casos cuja autonomia é maior que as necessidades diárias e só vêm a perceber o problema quem, em férias, faz caminhadas além das costumeiras. Muitos podem apresentar Claudicação Intermitente em distância de 500 metros, mas como suas necessidades diárias são inferiores, só ocasionalmente podem vir a tomar conhecimento da situação. As afecções arteriais são, na maioria dos casos, devidas à Arteriosclerose e, assim, são progressivas, embora ocorra de maneira lenta. Quanto mais precocemente o Paciente procurar o médico, maiores serão suas chances de êxito no Tratamento.
(ref. CID10) Fadiga de combate, (F43.0)
Fadiga transitória devida ao calor, (T67.6)
Síndrome de fadiga, (F48.0)