Bomba de insulina

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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(CID10 – Z96.4) Bomba de Infusão de Insulina.
A idéia de infundir insulina com uma bomba, que permitisse Controle rigoroso para o Tratamento de urgência do Coma diabético, ocorreu há várias décadas. O êxito foi evidente. Entretanto, somente o advento da informática viabilizou o automatismo da máquina. A miniaturização e a robótica produzem hoje, nos Estados Unidos, a bomba de Infusão de insulina e que está sendo introduzida no Brasil pela Dra. Christiane Sobral. Trata-se de um Aparelho pequeno, das dimensões de um bip, contendo seringa com insulina, cujo Êmbolo é pressionado por comando eletrônico; conectado a um Cateter com Agulha introduzida no subcutâneo e protegida por adesivo transparente. Sendo o Aparelho de uso íntimo, Equivalente quase à Implantação de um Órgão artificial, é natural que, para avaliar os resultados, a opinião do Paciente seja muito valiosa para o médico. Esse método resgata, para seu usuário, a vida Normal sem restrições dietéticas, permitindo comer livremente doces, garantindo boas condições nutricionais e prevenindo Complicações futuras. A fase de Adaptação à bomba, entretanto, exige muita dedicação para aprender a comandar a máquina com presteza, tomando decisões certas. O Paciente deve conhecer: 1. O perfil Endócrino do Pâncreas; 2. A necessidade Basal nos diversos períodos do dia, considerando trabalho, esporte, lazer, sono, bem como nas Alterações fisiológicas e em situações adversas, como infecções, Febre e até durante variações climáticas de Calor e frio excessivos; 3. O teor de Carboidrato de todos os alimentos que pretende ingerir; 4. A relação entre a ingestão de Carboidrato e a conseqüente elevação da Glicemia; 5. A quantidade de insulina necessária para baixar a Glicemia; 6. Como utilizar o Glicosímetro; 7. O tempo de ação da insulina; 8. A proporção entre a quantidade de medicamento a ser infundido e a Queda da Taxa de açúcar no Sangue esperada; 9. O ideal da Glicemia a ser mantido; 10. Os sintomas da elevação – Hiperglicemia; da baixa dos níveis de açúcar no SangueHipoglicemia – e correspondentes imediatos. Com o pleno domínio do uso do glicosímetro, a Taxa de açúcar no Sangue deve ser controlada para que fique mantida nos níveis ideais de 150 pontos. Na hiperglicemia, a bomba deve ser comandada para infundir insulina suficiente para corrigir o Desvio e, no Caso da hipoglicemia, a correção é feita com ingestão de alimentos. Quando esses níveis estão muito baixos e ainda há insulina no organismo por fazer efeito, impõe-se a ingestão imediata de açúcar. Sempre o Alimento deve ser ingerido calculando-se a quantidade necessária de hidrato de Carbono para se elevar a Glicemia aos valores ideais. A incorporação desses procedimentos na vida diária é progressiva e vai aumentando com a segurança que o Paciente adquire diante dos bons resultados e sentindo, cada vez mais, seu domínio sobre a máquina. É um Ciclo ascendente que leva o Indivíduo à normalidade de seus hábitos, melhorando, assim, sua Qualidade de vida.
Perspectivas – as pesquisas estão em andamento, aprimorando a miniaturização e tornando a máquina hermética, a prova d’água, facilitando seu uso durante o banho, nos esportes e na praia. Paralelamente, os glicosímetros estão sendo aperfeiçoados para se tornarem não-invasivos, evitando a necessidade de perfurar a Pele com o objetivo de retirar Sangue para o Teste.
Já foi conseguido a Dosagem da Glicose pela reflexão transcutânea fotométrica, mas ainda está limitada aos pacientes com Pele muito clara. Essas conquistas abrem para nós uma janela em direção ao horizonte promissor da vida normal, prevenindo as Complicações e, assim, aumentando respectivamente a expectativa de vida e garantindo sua Qualidade.