Câncer

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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F. lat. cancer, caranguejo; também tem o Sentido de cancro.
Neoplasia maligna do Epitélio.
Tumor maligno.
___ algumas formas, (ref. Distúrbio multifatorial – doenças adultas) Papel da Hereditariedade em muitas formas de câncer, incompletamente compreendido, mas com freqüência de grande importância.
___ Diagnóstico precoce, estima-se que, no Brasil, a Incidência de Câncer seja de duzentos mil casos novos por ano, e o número de óbitos devidos a essa patologia, cem mil. Paradoxalmente, quanto mais desenvolvida for a população, maior será a Incidência dessa Patologia. Assim, nos Estados Unidos da América do norte, a Incidência é de 300 casos novos por 100 mil habitantes, por ano, enquanto em São Paulo este Índice é cerca da metade do Índice americano. A mesma relação pode ser observada comparados os dados da Capital de São Paulo com os números globais do Brasil. Tal Fenômeno é facilmente compreendido pelo Fato de a longevidade do homem ser diretamente proporcional ao desenvolvimento da comunidade a que pertence. O nível educacional do povo e de seu padrão econômico são fatores coadjuvantes a propiciar que cada Paciente se cuide corretamente e procure o médico a tempo. Este, entretanto, deverá estar preparado cientificamente, dispor de recursos Técnicos e de aparelhagem adequada para fazer o Diagnóstico. Aqui vale lembrar os malefícios de grandes panacéias, como o foram, entre nós, os casos do “ipê roxo”, dos “carvões”, das “Vacinas” ou, ainda, o atendimento por rezas ou gestos de fanáticos religiosos que prometem milagres e vendem Ilusão ao povo. Se, por um lado, em certos momentos tais práticas talvez até fossem os derradeiros alentos de esperança para uma alma desesperada, por outro, iludem pacientes que poderiam ainda estar nos últimos prazos propícios para um Tratamento. As estatísticas americanas mostram que dois terços dos pacientes curam-se completamente após Tratamento da Neoplasia; em contrapartida, um terço tem o destino selado e a Doença segue a sua evolução natural, ou sem Tratamento. Entre nós, esta proporção se inverte. Dois terços dos casos, invariavelmente caminham para a Morte. É fácil compreender que metade deste grupo tem tal destino pelo Fato de procurar o médico em fase adiantada da Doença ou porque o Tratamento efetuado na ocasião oportuna não foi correto. Quanto ao Diagnóstico precoce, numerosos são os fatores que o tornam exeqüível. Por Parte do Paciente vai depender de seu nível educacional, de suas condições sócio-econômicas e de sua cultura. Estes talvez sejam os fatores mais importantes. Por outro lado, ao atender tais casos, o médico deve estar preparado, devidamente orientado nessa matéria e, também dispor de recursos apropriados para o Tratamento correto. Na verdade o problema é muito Complexo e requer a conjugação de esforços do indivíduo, da comunidade, da classe médicca e do governo.
Epidemiologia - No Brasil, em números globais, considerando toda a população, o Câncer do Colo uterino está na vanguarda, enquanto, em São Paulo (Capital), o Câncer da Pele e do Estômago juntos ocupam tal posição. Os mesmos dados analisados quanto à variável Sexo mostram que, na população de Sexo masculino, a ordem de Incidência é estômago, Pele e pulmão, enquanto que na população feminina, é mama, Pele e Colo do Útero. No grupo feminino, os números se modificam em Função do desenvolvimento das populações estudadas. Nas mais desenvolvidas, o Câncer da Mama ocupa o primeiro lugar, a seguir vem o da Pele para, em terceiro lugar, aparecer o do Colo uterino e, em quarto, o do Estômago. Tal seqüência é modificada nas populações menos desenvolvidas, onde o do Colo vai para a vanguarda e é seguido pelo da mama, da Pele e do Estômago. As Alterações da seriação, quando estudada a Incidência da doença, podem ser facilmente explicadas. Assim, as condições sócio-econômicas deficientes acarretam, nas populações com níveis higiênicos precários, com mulheres de grandes proles, com hábitos sexuais de extrema promiscuidade, Incidência maior do Câncer do Colo do Útero. Em contraposição a este fato, as melhores condições sócios-econômicas determinam, nas populações de nível melhor, limitação do número de filhos, casamentos mais tardios, a tendência materna a não Amamentar seus filhos é além de outros fatores que não cabem ser discutidos nesta resenha, mas que, certamente, levam o Câncer de Mama a ocupar o primeiro lugar na Incidência dessa Doença entre as mulheres.
___ prevenção, estima-se que, no Brasil, a Incidência de Câncer seja de duzentos mil casos novos por ano, e o número de óbitos devidos a essa doença, cem mil. Paradoxalmente, quanto mais desenvolvida for a população, maior será a Incidência dessa Patologia. Assim, nos Estados Unidos da América do Norte, a Incidência é de 300 casos novos por 100 mil habitantes, por ano, enquanto em São Paulo este Índice é cerca da metade do Índice americano. A mesma relação pode ser observada comparados os dados da Capital de São Paulo com os números globais do Brasil. Tal Fenômeno é facilmente compreendido pelo Fato de a longevidade do homem ser diretamente proporcional ao desenvolvimento da comunidade a que pertence. O nível educacional do povo e de seu padrão econômico são fatores coadjuvantes a propiciar que cada Paciente se cuide corretamente e procure o médico a tempo. Este, entretanto, deverá estar preparado cientificamente, dispor de recursos Técnicos e de aparelhagem adequada para fazer o Diagnóstico. Aqui vale lembrar os malefícios de grandes panacéias, como o foram, entre nós, os casos do ipê roxo, dos carvões, das vacinas ou, ainda, o atendimento por rezas ou gestos de fanáticos religiosos que prometem milagres e vendem Ilusão ao povo. Se, por um lado, em certos momentos tais práticas talvez até fossem os derradeiros alentos de esperança para uma alma desesperada, por outro, iludem pacientes que poderiam ainda estar nos últimos prazos propícios para um Tratamento. As estatísticas americanas mostram que dois terços dos pacientes curam-se completamente após Tratamento da Neoplasia; em contrapartida, um terço tem o destino selado e a Doença segue a sua evolução natural, com ou sem Tratamento. Entre nós, esta proporção se inverte. Dois terços dos casos, invariavelmente, caminham para a Morte. É fácil compreender que metade deste grupo tem tal destino pelo Fato de procurar o médico em fase adiantada da Doença ou porque o Tratamento efetuado na ocasião oportuna não foi correto. Quanto ao Diagnóstico precoce, numerosos são os fatores que o tornam exeqüível. Por Parte do Paciente vai depender de seu nível educacional, de suas condições sócio-econômicas e de sua cultura. Estes talvez sejam os fatores mais importantes. Por outro lado, ao atender tais casos, o médico deve estar preparado, devidamente orientado nessa matéria e, também, dispor de recursos apropriados para o Tratamento correto. Na verdade, o problema é muito Complexo e requer a conjugação de esforços do indivíduo, da comunidade, da classe médica e do governo. Todo Trabalho idôneo, com o objetivo de combater o câncer, deve merecer elogios. Ele acabará, direta ou indiretamente, contribuindo com maior ou menor parcela nesta terrível batalha. A evidência dos números ressalta a importância do tema. Segundo dados de Antônio Pedro Mirra, Diretor do Registro de Câncer de São Paulo, no Brasil, em números globais, considerando toda a população, o Câncer do Colo uterino está na vanguarda, enquanto, na capital de São Paulo, o Câncer da Pele e do Estômago juntos ocupam tal posição. Os mesmos dados analisados quanto a variável Sexo mostram que, na população de Sexo masculino, a ordem de Incidência é estômago, Pele e pulmão, enquanto que, na população feminina, é mama, Pele e Colo do Útero. Voltando à linha do paradoxo, vê-se que, no grupo feminino, os números se modificam em Função do desenvolvimento das populações estudadas. Nas mais desenvolvidas, o Câncer da Mama ocupa o primeiro lugar, a seguir vem o da Pele para, em terceiro lugar, aparecer o do Colo uterino e, em quarto, o do Estômago. Tal seqüência é modificada nas populações menos desenvolvidas, onde o do Colo vai para a vanguarda e é seguido pelo da mama, da Pele e do Estômago. As Alterações da seriação, quando estudada a Incidência da doença, podem ser facilmente explicadas. Assim, as condições sócio-econômicas deficientes acarretam, nas populações com níveis higiênicos precários, com mulheres de grandes proles, com hábitos sexuais de extrema promiscuidade, Incidência maior do Câncer do Colo do Útero. Em contraposição a este fato, as melhores condições sócio-econômicas determinam, nas populações de nível melhor, limitação do número de filhos, casamentos mais tardios, tendência materna a não Amamentar seus filhos e, além de outros fatores que não cabem ser discutidos aqui, mas que, certamente, levam o Câncer de Mama a ocupar o primeiro lugar na Incidência dessa Doença entre as mulheres. Ressaltado o significado do problema para a população, cabe referir a síntese resultante do Seminário promovido pelo Grupo Brasileiro de Estudos para Detecção e Prevenção do Câncer. Para finalizar, subscreve-se aqui as palavras que dizem: a batalha contra o Câncer deve ser travada não no campo das ampliações terapêuticas, mas no terreno da Prevenção e Detecção. Aqui se aplica com propriedade a Sabedoria popular que diz: é melhor prevenir do que remediar.
(ref. CID10) Câncer generalizado de localização não especificada primária, (C80)
Câncer generalizado de localização não especificada secundária, (C80)
Câncer Múltiplo de localização não especificada primária, (C80)
Câncer Múltiplo de localização não especificada secundária, (C80). Ver: Sarcoma