Não fazer recomendações a pacientes de outro médico

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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É prática incorreta o médico fazer recomendações, prescrições ou dar opinião a pacientes que a ele foram encaminhados para exames complementares. Essa maneira de proceder prejudica o relacionamento médico/paciente, bem como o médico/colega.
É Erro crasso, felizmente não freqüente, o médico radiologista, diagnosticando v.g. Fratura de costela, dizer ao doente o Diagnóstico e recomendar-lhe que procure um ortopedista. Ele comete várias faltas: 1- deveria restringir-se a registrar o Fato no Relatório do exame; 2- não deveria devassar o Diagnóstico ao doente, pois somente seu médico Assistente sabe da oportunidade de fazê-lo; 3- a indicação não foi correta pois, no caso, o especialista mais indicado é o cirurgião; 4- ele comportou-se como quem está desviando o doente do seu médico; 5- ele prejudicou, ou pelo menos dificultou, o relacionamento do médico/paciente.
Outro exemplo do Comportamento Equivalente é ainda o do médico que faz exame complementar e troca confidências com o doente, contando que também tem o mesmo problema do Paciente e que então se sente com Liberdade de opinar se deve ou não operar. Ele não conhece o Caso no todo e não é de sua alçada manifestar-se sobre o que não foi chamado para opinar. Mais grave é o Caso em que esse mesmo médico vier a observar qualquer outro problema que não é de sua competência e a fazer uma Prescrição.
Está errado o Médico Especialista consultado manifestar-se em paralelo sobre assunto sobre o qual não foi pedida sua opinião e muito menos sobre o assunto que não é de sua especialidade. Ele tem o Relatório de exame para externar sua opinião sobre o assunto acerca do qual foi consultado. Qualquer manifestação, mesmo que seja com a melhor das intenções, tumultuará o Caso.