Halitose

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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(CID10 – R19.6) Mau Hálito
Depende de múltiplas causas.
Em certas circunstâncias, os Hábitos higiênicos podem minimizá-lo.
Problema que pode criar dificuldades, uma vez que o Contato humano que a vida em sociedade, seja no trabalho, no lazer ou mesmo durante a simples conversação, pode levar a situações constrangedoras quando exala mau odor ao respirar. Atividades mais rápidas como pequenas corridas ou algum esforço físico, aumentam a freqüência respiratória e propiciam a respiração bucal, o que revela aos circunjacentes a Halitose. O mau odor exalado é repugnante. Tal situação é muito incômoda para os que o cercam.
Entre as numerosas causas que produzem o mau Hálito estão algumas decorrentes de situações fisiológicas e outras de doenças.
Entre as Alterações fisiológicas que modificam o Hálito vale lembrar, por exemplo, que ele varia conforme a idade, a hora do dia, o Período prandial, as condições higiênicas e o Estado emocional do Indivíduo.
O mau Hálito pode decorrer da diminuição da quantidade de Secreção de saliva e do Aumento da Flora microbiana da Boca. Assim, é freqüente o mau Hálito ao levantar-se, sobretudo em indivíduos desidratados, de precários hábitos higiênicos, que não costumam escovar os Dentes ou, ainda, em pessoas que respiram pela Boca. O mau Hálito matinal nestes casos, provavelmente, é resultante da Putrefação de restos alimentares com a descamação epitelial e saliva, acumulados durante o Sono. O jejum e intensas emoções podem alterar o odor do Hálito. Tal Fato ocorre também no Período menstrual e após ingestão de certos alimentos como cebola, alho e outros como ovo, queijo, pela desintegração de aminoácidos fétidos no decorrer de seus metabolismos.
Há doenças que causam mau Hálito. Podem ser responsáveis por ele problemas orais, otorrinolaringológicos, broncopulmonares, gastrintestinais, metabólicos, entre outros.
Os problemas bucais como estomatites, cáries, lesões peridentais, gengivites determinam o mau Hálito. Ele também é notado no pós-operatório de intervenções cirúrgicas ou extrações dentárias. Os fumantes e os portadores de próteses tanto fixas como as móveis (desde que mal higienizadas) também costumam ter mau Hálito. Os problemas otorrinolaringológicos que dão mau Hálito são as amigdalites, as faringites e as sinusites. Os problemas broncopulmonares que mais freqüentemente causam o mau Hálito são as supurações pulmonares, como abscessos e bronquiectasias. Alguns Medicamentos eliminam-se pelas vias respiratórias exalando odores característicos.
Combate à Halitose - Preliminarmente deve determinar-se a Causa. Uma vez estabelecida sua origem, o Tratamento e as precauções poderão ser programadas. É um problema de difícil Solução.
Sabe-se que 90% da Halitose tem origem bucal. Para diferenciar a Halitose bucal da pulmonar solicita-se ao Paciente que elimine lentamente o ar pela Boca e depois rapidamente pelas Narinas com a Boca fechada. A comparação dos dados assim obtidos identificará a origem da Halitose. Quando de origem pulmonar, o mau cheiro é muito mais nítido no último Caso. Os odores bucais podem ser controlados por curtos períodos de até duas horas com o uso correto de escovas, Dentifrícios e antissépticos.
Escovação dos Dentes - cabe aqui uma recomendação especial sobre a escovação dos Dentes. Após todas as refeições e, principalmente, antes de dormir e ao levantar-se é muito importante que os Dentes sejam escovados. Recomenda-se, além do uso de pasta dental neutra, o emprego de escova macia e seca antes de seu uso. Os movimentos devem ser feitos no Sentido da Gengiva para a borda do dente e não indiscriminadamente. Quando no Sentido contrário, as cerdas vão contra a Gengiva e expõem o Colo do dente. A escovação no Sentido Transverso é complementar, mas ela por si só é ineficiente.
O uso do palito é Hábito muito feio. A linha dental pode ser usada antes da escovação, mas tendo o cuidado para não descolar a gengiva, provocando sangramento e exposição do Colo e até mesmo da Raiz do dente.
A remoção completa dos restos alimentares é mais rigorosa com o uso complementar do water-pick.
É recomendado adquirir-se o Hábito da consulta ao dentista, para remoção do tártaro, limpeza dos Dentes e Tratamento de eventuais problemas existentes pelo menos a cada seis meses.
As halitoses de origem não bucal representam dez por cento dos casos; o Diagnóstico adequado impõe-se. Com ele têm-se, talvez, condições de Controle. A restrição de alguns alimentos, a introdução de pequenas refeições intermediárias, bem como intensos Cuidados de Higiene oral, além da abstenção do Álcool e do fumo, são procedimentos que costumam dar certo. Os indivíduos que têm esse problema devem procurar o médico.