Cigarro

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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São muitas as razões para se esquecer o Cigarro ou, talvez, até mesmo para nem se ter curiosidade de experimentá-lo. O Hábito de fumar está ligado a problemas emocionais que, por mecanismos complexos, podem levar à Dependência física e psíquica. Com a Dependência física - cuja denominação mais adequada seria Dependência funcional ou orgânica - o Indivíduo sente falta de cigarro, como na Dependência a uma Droga. Com a Dependência psíquica, o Indivíduo fica condicionado ao hábito, como no Caso do cafezinho que lembra o Cigarro ou do Alimento que produz salivação. A queima de Tabaco resulta na produção de substâncias muito nocivas. Entre elas, a Nicotina e o Monóxido de carbono são os maiores responsáveis pelos danos ao organismo. A Nicotina cria Dependência física, eleva a Pressão arterial, aumenta a freqüência cardíaca e Causa vasoconstrição, que, diminuindo o calibre das artérias, prejudica a irrigação dos tecidos. A repetição freqüente desse Fato agrava progressivamente o quadro hipertensivo e prejudica a Circulação nos Órgãos vitais. O monóxido de carbono, resultante da combustão de substâncias orgânicas, ocupa o espaço do Oxigênio nos glóbulos vermelhos, diminuindo a Capacidade de transportá-lo para os tecidos. Além disso, as paredes das artérias são lesadas, o que acelera a Arteriosclerose. É importante lembrar que essa Doença evolui para a Obstrução das artérias, causando Acidente Vascular cerebral (o “derrame”), Infarto do coração, Trombose arterial, Gangrena ou ainda os chamados aneurismas, causados pela Dilatação das artérias. Os demais componentes da queima do Cigarro são responsáveis por 75% dos problemas pulmonares, pois irritam as vias respiratórias e aumentam a Secreção do muco, causando Bronquite crônica, responsável pela Tosse característica do fumante. Em estágio mais avançado, o pulmão é destruído e ocorre o Enfisema pulmonar: a rotura irreversível dos alvéolos leva à falta de ar do doente, o que chega a limitar sua Atividade física. Se o Indivíduo nesse Estado continua fumando, a destruição do pulmão é ainda maior e haverá falta de ar mesmo que esteja em Repouso. Algumas substâncias que aparecem com a queima do Cigarro provocam Mutação das células da Mucosa dos brônquios. O Cigarro também é responsável pelo Câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, pâncreas, próstata, bexiga, Colo do Útero e até da Leucemia. Tudo isso sem falar nos efeitos estéticos desastrosos, já que a fumaça aumenta a formação de rugas e o Alcatrão escurece os Dentes. Fumantes passivos - O tabagista impõe a seus vizinhos a situação compulsória de fumante passivo e os deixa expostos a um Risco desnecessário. Aquele que estiver presente a uma reunião em que várias pessoas estejam fumando chega a fumar, em algumas horas, um ou dois cigarros passivamente. As gestantes que tornam seus fetos vítimas dessa situação devem saber que o Cigarro afeta seu desenvolvimento. Os filhos de pais fumantes, em Idade pré-escolar, chegam a apresentar três vezes mais problemas pulmonares que as demais crianças. Os adolescentes, além de imitarem os pais no hábito, muitas vezes inalam o suficiente para se tornarem dependentes desse Vício. É mais freqüente encontrar jovens fumantes entre filhos de pais viciados. Não há dúvida de que o Fumo encurta o tempo de vida. As estatísticas revelam entre três homens de 40 anos, fumantes de mais de vinte cigarros por dia, um morre antes dos 60 anos. A Mortalidade entre fumantes chega a ser duas vezes maior do que entre não fumantes. A Incidência de mortes súbitas também é significativamente Superior entre fumantes. A crença popular recomenda uma infinidade de métodos para se deixar de fumar, mas todos fazem Parte de um mundo de Ilusão. Apenas a força de vontade e a Mudança de hábitos que lembram o Cigarro e induzem a fumar são capazes de curar esse Vício. A orientação médica para Mudança de hábitos e Prescrição terapêutica são convenientes e às vezes necessárias. É entusiasmante saber que, após um ano de abstinência, os riscos de morrer por problemas cardiovasculares se reduzem significativamente. Após cinco anos sem cigarro, esses riscos são iguais aos da população de não fumantes.
Dicas para deixar de fumar: 1- Marcar uma data e abandonar o Vício nesse dia; 2- Contar a todos que parou de fumar. Isso dá suporte e coragem ao se sentir tentado a acender um Cigarro; 3- Encarar cada dia como se fosse um novo desafio. O começo de um dia representa uma barreira a ser ultrapassada. Mais um dia sem fumar é mais uma etapa vencida; 4- Identificar os momentos do dia em que o desejo pelo Cigarro é mais acentuado e ocupar as mãos durante esses momentos: brincar com lápis, costurar, manipular bolas de borracha, etc; 5- Colocar no cinzeiro da casa o montante de dinheiro que gastaria com maços de Cigarro; 6- Pensar positivamente: admitir ser um não fumante. Se alguém oferecer cigarro, deve-se dizer: “Não, obrigado. Eu não fumo”; 7- Controlar o Impulso e a vontade de dar uma tragada. Pense em como já foi difícil parar de fumar e como esse desejo já foi superado em ocasiões anteriores. Continuar tentando é muito importante: não desanime se não conseguiu parar na primeira tentativa; 8- Praticar exercícios Físicos com orientação médica. Substituir o Vício pelo prazer de andar, pedalar ou nadar; 9- Orientar-se com um médico quanto a alternativas no auxílio à Dependência física; 10- Não existe milagre. O mais importante é força de vontade.