Indicações de procedimentos médicos corretos

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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É extremamente difícil distinguir, com elevado grau de certeza, os Procedimentos médicos corretos dos indevidos. Evidentemente sem fazer alusão aos de natureza ilegal, mesmo porque esses são dolosos. Para que a visão seja abrangente, deve-se ter em conta a Doença e o quanto se conhece dela, uma vez que, das seiscentas catalogadas hoje, só se sabe a Causa de apenas duzentas. A probabilidade de certos procedimentos serem caracterizados como indevidos é maior nos pedidos de exames complementares. Recrimina-se o médico que solicita muitos exames. Entretanto, deve ser levado em conta o Fato de que, nos países adiantados, as seguradoras induzem a esse comportamento, a título de ter mais subsídios de defesa do médico perante a Corte nos processos de Erro médico. Na realidade brasileira, pode-se suspeitar de incompetência ou má-fé quando o número de exames pedidos é exagerado. Muitas vezes, porém, o próprio Paciente interfere no pedido de exame, seja por Simulação ou para aliviar suas tensões psicológicas. O problema toma outra dimensão quando se analisam os procedimentos terapêuticos; basta considerar os múltiplos fatores que podem depender do paciente, como idade, natureza da doença, condição de urgência, presença da dor, falta de ar, consciência, sangramento, bem como os relacionados com o médico, que incluem, desde o seu grau de experiência até as circunstâncias da situação, como, por exemplo, a de estar, na ocasião, em local ideal ou inadequado para o atendimento. A combinação de todas essas variáveis mostra um quadro caleidoscópico, fazendo que o mesmo Procedimento seja correto ou errado conforme as circunstâncias.