Linfáticos
O Sistema linfático é, do ponto de vista angiológico, essencialmente, um anexo do Sistema venoso. Por ele flui Parte do líquido intersticial extravasado ao nível do leito capilar, adicionado de substâncias protéicas de alto peso molecular, que não foram reabsorvidas pela extremidade venosa. Complementa, portanto, a Função de retorno atribuída ao Sistema venoso.
Participa da defesa orgânica, mediante produção de linfócitos e pela “filtração” da Linfa nos gânglios. Origina-se do mesênquima embrionário. Sua formação é discutida. Acredita-se que se inicie por evaginação do endotélio primitivo venoso, inicialmente aos níveis cervical e ilíaco. Individualiza-se, ao formar os quatro sacos Linfáticos que progridem em direção a todas as demais estruturas do organismo, transformando-se em extensa rede de capilares e coletores que se anastomosam entre si, tanto no mesmo Plano anatômico quanto em planos sucessivos. Do acúmulo de linfoblastos em determinadas regiões formam-se gânglios que, no início, ainda apresentam Função eritropoiética para, finalmente, se caracterizarem como Linfáticos. A formação do Ducto torácico se faz a partir de dois ductos paralelos que correm junto às veias ázigos, interligadas por múltiplas anastomoses. Involuem as porções Caudal esquerda e Cranial direita, resultando a sua conformação habitual. Anomalias na involução dos dois ductos embrionários explicam as variações encontradas. A Parede do Capilar linfático é formada por duas camadas: Tecido conectivo e revestimento endotelial. Os coletores, com diâmetro de 0,5mm, já apresentam três camadas: íntima, formada pela camada simples de células endoteliais e algumas fibras elásticas; média, por fibras musculares lisas em disposição circular ou oblíqua, Tecido conectivo escasso e poucas fibras elásticas; e finalmente, a adventícia, com fibras musculares lisas em direção longitudinal e oblíqua. As válvulas são bicúspides e constituem um pregueamento da íntima, de modo que sua Parte Central é constituída por Tecido conjuntivo e ambas as faces por endotélio. Discute-se a origem embrionária do linfático. Acham alguns autores que o Capilar se inicia como dedo de luva nos espaços intersticiais. Outros acreditam que surgem da própria confluência destes espaços onde, a determinada altura, células do Tipo endotelial se dispõem progressivamente mais próximas a ponto de formarem uma estrutura Vascular. Dado este Tipo de estrutura, o Sistema é caracterizado como “aberto”. Denomina-se “capilar linfático” a estrutura com diâmetro menor de 0,2mm. Os coletores nascem da confluência destes e atingem os gânglios. A esta altura são denominados Linfáticos aferentes e eferentes, conforme sua relação com o gânglio, isto é, quando vão ter ao módulo, ou quando dele emergem. Para os gânglios convergem todos os coletores. Estes são constituídos por uma rede de fibras reticulares dispostas em malha fina que contém os linfócitos e rodeados por malha mais grossa onde se localizam células reticuloendoteliais. Todo o conjunto é dividido em lojas por trabeculado de Tecido conjuntivo assim como a sua Cápsula. Por sua Face côncava penetram os Linfáticos aferentes. A Linfa é impedida pelo retículo grosso e drenada pelos vasos eferentes que emergem do Hilo. As maiores concentrações de gânglios se fazem nas raízes dos membros e na proximidade dos hilos dos Órgãos viscerais.
Constituição: o Sistema linfático humano é constituído d eLinfonodos e de Vasos Linfáticos. Estes, por sua vez, formam os: vaso linfocapilar, rede linfocapilar, vasos Linfáticos reunidos em Plexo linfático, Vaso linfático superficial, Vaso linfático profundo e troncos Linfáticos.