Relacionamento humano, aprimoramento da qualidade do

De Enciclopédia Médica Moraes Amato
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As recomendações embora pareçam muito simples, podem, desde que rigorosamente observadas, fortalecer a confiança do Paciente em seu médico. São elas: 1- Se o doente veio procurá-lo por indicação de outro paciente, perguntar qual o seu relacionamento com este e indagar como ele está passando; 2- Proceder com o Paciente como sendo seu médico de família, permitindo que ele assim o sinta; 3- Lembrar sempre que as condições em que o Paciente vai ao médico nunca são espontâneas e sempre por necessidade, no momento de dor ou de aflição; 4- Tornar fácil o contato, ser simpático, não se atrasar, não reclamar, não empregar palavras ríspidas ou de crítica; 5- Fazer exame completo e bem feito (não esquecer de medir a Pressão arterial, contar ao doente os valores), ser atento à história, não cortar a palavra do paciente, mesmo que ele esteja contando fatos circunstanciais e sem Interesse para o Caso; 6- Dar atenção, Responder às perguntas, explicar um pouco o seu problema, mas não falar demais; 7- Não mostrar exageradamente dúvidas e nem convicções; 8- Não se descartar do caso, encaminhando o doente a outro colega, sob a alegação de que não é essa sua especialidade mas não assumir Responsabilidade que não lhe cabe; 9- Apresentar o Diagnóstico e o prognóstico com firmeza, cautela e sempre com esperança. Falar só o necessário. Ao encaminhar o doente a outro colega, jamais adiantar os procedimentos que serão adotados; 10- Dar ao paciente, bem como a seus familiares, alívio de tensões descabidas, esperança de Cura ou, pelo menos, de não sofrer.
A postura do médico, durante o atendimento, é decisiva para que o relacionamento seja de nível elevado e o vínculo entre ambos se fortaleça cada vez mais. Há pormenores muito importantes como trajar sempre uniforme limpo, apresentar-se barbeado e com gestos sóbrios; ser cortês, saber portar-se: não sentar-se sobre a mesa, não fumar, não mascar chicletes, não comer, não badalar o doente, chamá-lo pelo nome ou como ele gosta de ser chamado - nunca por apelidos, não fazer piadinhas, atentar para o tom de voz, não dar risadas.
Há exigências que, embora devam ser feitas com polidez, não podem ser omitidas: o médico deve proibir que seu Paciente fume (lembre-se que não terá moral alguma se ele próprio fumar). Mas jamais admitir a hipótese de examinar um doente fumando, nem mascando chiclete ou comendo durante a consulta. Neste Caso impõe-se o bom senso: ou o médico espera ou o doente interrompe a refeição. Nas visitas domiciliares o próprio paciente, às vezes, chega a não desligar a televisão, ou todos os familiares e visitas ficam presentes como que pretendendo assistir o exame. Esse Fato atrapalha. É de bom Hábito pedir que se retirem e apenas o parente mais próximo deve permanecer no quarto. Esse Procedimento é válido também para as visitas hospitalares.
Todos esses detalhes podem parecer supérfluos, embora não o sejam. O Procedimento formal é mais profissional e, conseqüentemente, torna-se mais respeitado e, certamente, terá melhor Qualidade. Assim, o vínculo médico-paciente será mais estreito, resultando em maior confiança, o que levará o Paciente a obedecer mais atentamente às prescrições, beneficiando-se com o Tratamento.
Se o doente for melhor cuidado, a medicina será, então, de melhor Qualidade.